segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Publicidade e Internet a olho nu


A sociedade pós-moderna passa a viver de uma maneira alienada, a partir do instante em que possuem  como referências os meios comunicacionais, bombardeadores de informação mastigada, formatada, direcionada. O individuo passa a viver em função das informações que a televisão, o rádio e principalmente a internet, repassam.
A máquina moderna de informações dá ao homem a ilusão que ele pode controlar e ter acesso  livre ao conhecimento, quando na verdade, o usuário é apenas parte desse sistema controlador, conhecida como Caixa Preta. Quando uma alternativa passa a ser uma ameaça para o sistema, nesse caso, o do Capital, este incorpora para dentro de si a ameaça.
A Internet foi desenvolvida para dar a idéia de que qualquer individuo pode criar seu próprio conteúdo, ser independente de informações, não apenas receber, mas gerá-la da forma que quiser. Até mesmo essa nova ferramenta de agrado ao usuário é apenas uma função da caixa preta.
A Internet também é grande aliada do mercado Publicitário, que ultimamente, investe nesse novo meio. Ambos geram no homem a idéia de que ele precisa se emancipar perante a sociedade, para que ele continue sempre buscando o consumo diferenciado, e conseqüentemente, vítima continua da Publicidade. Pela Internet, produzir seu conteúdo independente, pela Publicidade, se sentir exclusivo através de aquisições materiais, neste ponto o vínculo com a teoria da caixa preta se aproxima de forma mais clara. Neste ponto, Flusser diz que o individuo esta pensando do mesmo modo como os computadores são programados. Como resultado, há a sistematização do usuário.
Verdade crua, é que o homem, inconsciente de ser uma peça chave do sistema, é vitima de um plano do sistema, que almeja o acumulo de capital e a constante alienação de seus usuários para que estes, nunca sejam uma ameaça.

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